quinta-feira, 28 de julho de 2011

As Mensagens Escritas em Sangue parte II

  Meu coração dava voltas e voltas dentro do peito. O sangue não parava de gotejar. Eu me sentia fraca. Debilitada, pois era assim que eu estava. Eu havia caído, algo do qual eu nunca me arrependia de fazer. Cair era a única opção.
   Passos.
 Eram a única coisa que eu ouvia. Passos pesados e distantes. Indistintos, como se procurassem algo. A pedra. Era isso que procuravam. A batalha estava apenas começando.
 Tive de me levantar. Era o meu dever nessa batalha. Eu devia proteger a pedra.
 Meu vestido estava coberto pelo meu sangue. De verde esmeralda, estava verde escuro, quase preto, de tão manchado.
Eu estava tonta devido a perda tão grande de sangue. Fui até o quadro que se posicionava em cima da lareira, o afastei, dando lugar agora para um grande cofre cinza opaco, um teclado mágico se projetou, como nas muitas vezes que eu havia feito . Digitei a senha precipitadamente no cofre, que não abriu de cara. Tentei outra vez, minhas mãos estavam tremendo e isso não ajudava muito. O teclado, que antes continha números agora só era uma placa de metal com um furo no meio. A oferta para os Guardiões.
   Sangue. Era isso que precisavam.
 Apanhei um grampo do meu cabelo. Agora todo descabelado e desgrenhado, retirei a parte de borracha e espetei meu dedo. Uma gota indefesa de sangue brotou, vermelha e viva. O meu sangue.
Espremi o sangue no pequeno buraco e logo o cofre se abriu. Retirei de lá a espada Sagrada de Fyllt. Ela era capaz de cortar qualquer coisa. Tanto Mortal, quanto Imortal. E comecei a caminhar em direção ao barulho de coisas se quebrando e caindo.

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